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OUT
28
28 OUT 2016
VIDA ANIMAL
Onça capturada e tratada em Paulínia é devolvida à natureza com colar de monitoramento por GPS
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A onça parda suçuarana capturada no início da semana em Americana e levada para o Parque Ecológico de Paulínia, onde foi acompanhada e tratada, deixou o recinto no final da tarde desta sexta-feira (28) para ser devolvida à natureza.

O manejo do animal foi feito pelos técnicos do parque e do instituto Corredor das Onças, do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). A Prefeitura de Paulínia e os institutos têm a parceria há mais de dez anos.

A onça –um macho de cerca de 4 anos e com 51 quilos – será solto à noite numa mata da região de Campinas. O local não foi informado para dar mais segurança ao animal, que vai passar por um processo de readaptação até voltar às atividades normais.

Os especialistas aplicaram um sonífero no animal. Depois de 10 minutos, ele foi retirado e encaminhado para a área médica do parque. Foram coletadas amostras de sangue para análise do DNA e feitos novos exames e medições.

Em seguida, foi colocado o colar de monitoramento por GPS. Esse equipamento custa cerca de R$ 15 mil e envia dados da localização do felino. Após dois anos, um dispositivo automático destrava o colar e a onça deixa de ser monitorada.

Para retomar os sentidos, foi dado outro medicamento à onça. Ela foi colocada dentro de uma caixa própria para o manuseio de grandes felinos e transportada no veículo do ICMBio, do Ministério do Meio Ambiente.

Trabalho

O Corredor das Onças já fez o trabalho com cerca de dez animais. Em um dos casos, o felino capturado na região chegou a andar 2.000 quilômetros. Foi para Minas Gerais, depois voltou para a região de Campinas e seguiu para a Serra do Mar.

Já o Parque Ecológico de Paulínia faz todo o trabalho de reabilitação antes de devolver os animais à natureza. Eles são cuidados e aprendem a caçar. Somente em casos extremos, como de problemas ortopédicos, é que o animal fica no local.

A onça ganhou o nome de Taruma, que significa “valente” na língua tupi-guarani, segundo Márcia Rodrigues, técnica do ICMBio na região de Campinas. O parque de Paulínia tem cerca de 250 animais de diversas espécies, entre aves, mamíferos e répteis.

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