Durante a Semana de Combate e Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes 2025, o 3º Promotor de Justiça de Paulínia, doutor André Perche Lucke enfatizou a importância da Escuta Especializada, que tem como principal objetivo colocar a criança ou adolescente em um ambiente seguro para que possa relatar a situação evitando a revitimização.
O procedimento é um acolhimento realizado com crianças e adolescentes que foram vítimas de violência, e que deve ser feita por profissionais capacitados da rede de proteção (saúde, educação, assistência social, direitos humanos, segurança pública).
A Semana de Combate e Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes 2025, foi realizada entre os dias 19 e 23 de maio, por iniciativa da Secretaria de Assistência Social e Proteção à Pessoa, em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).
Ainda no primeiro dia, a Presidente do CMDCA, Gisela da Silva Pereira, aproveitou a presença dos vereadores e do promotor para entregar um pedido para que a cidade passe a contar com uma lei municipal que contemple uma programação permanente sobre a temática.
No segundo dia, a médica ginecologista doutora Fabrícia Silva Campos ministrou uma palestra sobre como identificar sinais e sintomas em crianças e adolescentes que estão passando por abuso sexual. E, também, apresentou o fluxo de atendimento realizado com as vítimas para esses casos.
Já na quarta e quinta-feira, um Cine Debate com as crianças que participam do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), promoveu dinâmicas lúdicas e educativas, ensinando a eles como identificar situações de violência e saber onde procurar ajuda.
No encerramento das ações, foi realizada uma roda de conversa mediada pelo diretor de Alta Complexidade da Secretaria de Assistência Social, Valdereis Freitas de Souza, onde pôde ser apresentada toda a rede Socioassistencial do município de Paulínia aos Presidentes dos Conselhos Municipais, Coordenadores do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), na ocasião assistentes sociais puderam explicar o funcionamento e atuação nesses programas.
SAIBA MAIS:
A revitimização é a exposição de uma vítima de violência, seja ela sexual ou outra, por situações de sofrimento repetitivos, tendo que relatar/depor por diversas vezes em locais diferentes revivendo o sofrimento.
Essa revitimização pode ocorrer em diversos locais, como: delegacias, Ministério Público, tribunais e até mesmo em serviços de saúde e assistência social, através de perguntas repetitivas sobre o ocorrido, gerando uma exposição excessiva da imagem da criança ou adolescente sem a devida atenção à sua vulnerabilidade.
A revitimização é uma forma de violência que pode provocar graves consequências no desenvolvimento emocional e psicológico da vítima, por isso se torna fundamental que sejam tomadas medidas para evitar essa situação.
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