Ir para o conteúdo

Prefeitura Municipal de Paulínia - SP e os cookies: nosso site usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação. Ao continuar você concorda com a nossa Política de Cookies e Privacidade.
ACEITAR
PERSONALIZAR
Política de Cookies e Privacidade
Personalize as suas preferências de cookies.

Clique aqui e consulte nossas políticas.
Cookies necessários
Cookies de estatísticas
SALVAR
Prefeitura Municipal de Paulínia - SP
Notícias
JUL
16
16 JUL 2019
ARTE
Elvis da Silva doa 26 telas sobre cultura negra ao acervo de Paulínia
receba notícias




Artista plástico expõe obras na Semana Cultural que acontece no Theatro Municipal 



O artista plástico campineiro Elvis da Silva doou 26 quadros que retratam a cultura negra ao acervo da Secretaria de Cultura de Paulínia. A cerimônia oficial de entrega das telas ao prefeito Antonio Miguel Ferrari, o Loira, aconteceu no final da tarde de segunda (15), no Theatro Municipal Paulo Gracindo. As telas medem de 1 m até 1,70 m. 



Na ocasião, o pintor disse que estava muito feliz com a oficialização da entrega das telas. Dirigindo-se ao prefeito Loira ainda ressaltou: “Você realizou um sonho meu de dois anos”, referindo-se ao tempo em que se arrastaram as tratativas para que a doação fosse formalizada.



Uma exposição com a obras de Elvis da Silva está sendo realizada no Theatro Municipal dentro da programação da Semana Cultural, que teve início também na segunda com diversos eventos no local, como shows musicais, apresentações de dança e espetáculos para crianças. Entre as telas expostas, uma das peças mais importantes que chegou à Paulínia é a imagem de Carlos Gomes, em estilo psicodélico, de 1,70 m por 1m. A obra ficará exposta permanentemente no Theatro. A mostra se prolonga até sexta (19), das 9h às 22h. 



O artista afirma que a doação à Prefeitura de Paulínia foi realizada em razão da confiança que tem na destinação das obras. “Os profissionais da Cultura me transmitiram muita confiança. Sei que meu trabalho será reconhecido e está em boas mãos”, enfatiza.



O pintor já doou 60 peças ao acervo da Unicamp e ressaltou a importância dos trabalhos. “Meu trabalho faz parte da história e é muito gratificante poder retratar cenas com personagens tão significativos. Estou doando as peças porque acredito que todos devem ter acesso a esse tipo de cultura”, observa Elvis.



Agradecido, o prefeito elogia a iniciativa e diz que as peças serão muito bem cuidadas e apreciadas. “Vou receber esses quadros com muito carinho. E não temos palavras para agradecer essa iniciativa nobre”, destaca.



Atualmente o acervo da Secretaria de Cultura conta com 2.890 peças catalogadas e 28 mil fotos, além de registros da imprensa com os principais acontecimentos do município emancipado há 55 anos.



Técnica inovadora



Elvis da Silva trabalha com diversas tintas ou pigmentos: acrílico, aquarela, óleo, nanquim e grafite. É o idealizador de uma técnica de pintura inovadora, unindo ciência e arte. Concebida em 2003 e lançada em 2007 em Campinas, a nova técnica – denominada pelo próprio artista como TOE (Técnica de Observação no Escuro) - consiste em ativar ao máximo as células cones, grupo de células localizadas no fundo da retina humana e responsáveis pela interpretação da cor. “Minha pintura não é feita na palheta, mas na percepção da cor”, destaca o artista.



“A cor dos objetos e das coisas que vemos é combinada por três grupos de cones que captam estímulos e enviam ao cérebro através do nervo óptico e há um tempo que cada imagem permanece existindo, até que vá sendo substituída por outra nova. Algumas cores têm tempo maior que outras, ou seja, os azuis de modo geral ficam mais tempo registrados na retina humana que os vermelhos, que são mais fugazes. Baseado na capacidade que cada cor tem de ficar mais viva diante de sua complementar, ou cor oposta, exemplo, violeta e amarelo esverdeado”, explica 



Ele lembra que, embora os elementos da TOE sejam conhecidos há centenas de anos, nunca haviam sido utilizados por artistas e colocados da forma como faz. “O observador fica a uma distância que dependendo da dimensão da obra, no claro, com a luz às suas costas, a obra fica na penumbra recebendo luz refratada e os cones do observador são ativados pela luz. Após um tempo de saturação da retina que deve ser superior a 40 segundos, começam a ocorrer alguns fenômenos ópticos com algumas pessoas que têm esta sensibilidade”, assinala. 



O artista ressalta que mulheres e crianças de até dez anos são mais sensíveis a fenômenos cromáticos, do que homens adultos devido aos hormônios masculinos. “Cada indivíduo tem uma sensibilidade diferente a percepção de tais fenômenos”, completa.



“O que é visto por alguns é a cor sendo exaltada, outros veem um movimento escondido e até a obra de arte aparecer com mais luz do que realmente tem, apresenta-se como se estivesse numa ilusão de três dimensões, quando na verdade é pintada em duas”, descreve Elvis da Silva, que ainda assinala que nem todos os trabalhos que produz utilizam essa nova técnica, pois “é muito trabalhosa”.



Ele revela que os ensinamentos sobre os princípios da técnica foram desenvolvidos pelo professor Israel Pedrosa, já falecido, que deixou um legado de pesquisa e vários tratados finais sobre fundamentos teóricos e sempre trabalhou a cor e tais fenômenos. Discípulo de Portinari, Pedrosa ficou conhecido como o “Cientista da Cor”. 



A obra do artista, que reúne o maior acervo de cultura negra da América Latina, com destaque para o que chama de “africanidade”, também tem como outros temas recorrentes a cultura indígena e aspectos da história do Brasil e de Campinas, cidade que diz que o “adotou” e onde reside há 21 anos. Ele é nascido em Pirassununga (SP).



Desde 2002, já realizou 198 exposições. Em 2009 aconteceram 41 mostras do artista somente em cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC). 

 

Assessoria de Comunicação

Seta
Versão do Sistema: 3.4.3 - 10/03/2025
Copyright Instar - 2006-2025. Todos os direitos reservados - Instar Tecnologia Instar Tecnologia