Com dois eventos realizados, a Semana da Cultura Negra foi comemorado em Paulínia e prossegue até o dia 5 de dezembro. Na terça-feira, 20 de novembro, a Bacharel em Direito, Rozina Conceição de Jesus, fez uma palestra na Sala de Imprensa Carlos Tontoli, no Paço Municipal, e na quinta-feira, 22 de novembro, foi realizado o II Júri Simulado sobre Violência contra Mulher, no Clube da Terceira Idade. No dia 5 de dezembro, às 19h30, também no Clube da Terceira Idade, a discussão será em torno da palestra “Lei Maria da Penha”, tematizando a violência contra a mulher negra, ministrada pelo preletor José Henrique Rodrigues Torres, juiz de Direito da 1ª Vara do Júri de Campinas do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Já no Theatro Municipal Paulo Gracindo, até 5 de dezembro, acontece a exposição de telas alusivas à Cultura Negra, do artista plástico Elvis da Silva.
Na abertura da semana, a assessora da Deputada Estadual Leci Brandão, membro do Conselho da Condição Feminina do Estado de São Paulo e Membro do Conselho Municipal de Saúde da cidade de São Paulo fez uma palestra sobre a importância dessa comemoração. “A maior população do país são os negros e são os que mais sofrem discriminações, preconceito e violência”, ressaltou Rozina, que ainda fez questão de defender programas como cota para negros. “São meios de conquistarem espaços em universidades e alcançarem o empoderamento como qualquer cidadão brasileiro”, afirmou.
Estiveram presentes o Secretário Municipal de Cultura, Rodrigo Nali, que recepcionou as representantes do Departamento de Patrimônio e Cultura, as diretoras Regina Vitória Duarte Ribas e Sueli Almeida da Silva Vidal Barreto. Paula Leite, vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, representou todas as conselheiras e ressaltou a importância do evento com agradecimentos.
Luana Silva, vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB de Paulínia, colocou sobre a situação de violência sobre a mulher negra e agradeceu o convite. Rita Coelho, representando a Secretaria Municipal de Assistência Social, também agradeceu a oportunidade e ressaltou a importância de um tema tão importante ser abordado na semana da cultura negra. O vereador Danilo Barros, presidente da Câmara Municipal de Paulínia e representando o prefeito Du Cazellato, fez os agradecimentos e congratulou com todos, também parabenizando ao secretário e toda organização. Jenifer Martins, Miss Paulínia, trouxe um pouco a luta do seu sonho de ser modelo, o quanto tem lutado para concretizar o seu ideal e ficou muito feliz pelo convite. Os poemas de Camila Kahatsu e a canção Onde o Brasil Aprendeu a Liberdade, de Martinho da Vila e interpretada pela cantora Maria Ildete, também abrilhantaram o evento.
Com a presença de aproximadamente 140 pessoas, o Júri Simulado organizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher em parceria com a UNIFACP- Faculdade de Paulinia foi um sucesso. A participação dos alunos do curso de Direito, Claudio Ferreira Simão, Rosana Cristina Matos Pires, Vinicius de Melo, Larissa Fortes de Oliveira, Thaís Mota Rinke, Alexsandro Luís de Souza, Alcimar Alves da Silva, Luana Gustavo dos Santos, Edgar Sampaio, Bruno Roberto Rocha Caumo, José Elizeu Costa Junior, Marcela Roberta Caumo, Maricluche dos Santos Silva, Letícia Migliari da Silva nos papéis do corpo de advogados de defesa chamou a atenção de todos e foram confrontados pelo Ministério Público – advogados de acusação –, com a Drª. Karime Esteves, professora de Prática Penal da Unifacp, no papel de juíza.
O II Júri foi aberto com a peça “ Mulheres em Cena,- Violência em forma de Juri Simulado retirado do texto original de autoria de Vanda Rodrigues, conhecida como Nil Sena membro das PLPs- Promotoras Legais Populares de Campinas e Região, com as adaptações do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Paulínia.
O espetáculo, narrado por Miriam Antunes, contou a participação e colaboração de Jaqueline Mantoni no papel de Bárbara, mulher que vive situações de violência doméstica por seu companheiro Hércules, representado por Adelson Marques. Também teve a participação de Maria Ildete, no papel de Fátima, amiga íntima de Bárbara, que atuou como testemunho durante o julgamento. Após o veredicto dos jurados, a Juiza Karime Eteves leu a sentença declarando que não houve crime, agindo Bárbara em legítima defesa.
A noite contou com a participação na mesa de abertura oficial: Edineide Flora, representando o Secretário Municipal de Cultura Rodrigo Nale, Miriam Antunes, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Professor Mauricio Lopes, representando a UNIFACP – Faculdade de Paulínia, Rita Coelho, representando o Secretário Municipal de Assistência Social, Genézio Pires Luiz, Luana Silva, vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB Paulínia, Thaís Milanês, representando as PLPs- Promotoras Legais Populares de Campinas e Região.
Também participaram Camila Kahatisu – escritora e poetisa paulinense, Andrea Croda - representando o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Valéria Guimarães - representando o Conselho Municipal de Assistência Social e a Secretaria Municipal de Educação, Renata Coelho - representado o Conselho Tutelar e Angela Pereira - representando o Lions Club de Paulínia.
